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sábado, 1 de maio de 2010

Deputado Ciro Gomes e a política do “eu sozinho”.


Quem vive o dia a dia da política, sabe que a mesma, não se faz individualmente como quis fazer, o Deputado Ciro Gomes do PSB, todos nós somos sabedores do estilo explosivo e ousado do deputado cearense.
Que na eleição passada foi autor de declarações infelizes como a que se referiu a sua esposa a atriz Patrícia Pillar, de ter apenas a função de dormir com ele.
Se Ciro pretendia mesmo levar a diante a sua candidatura presidencial, deveria ter construído anteriormente uma base sólida dentro de seu próprio PSB.
A começar por conduzir alguém de sua inteira confiança ao cargo de presidente de seu partido ou o mesmo, fazê-lo, como fazem os grandes líderes.
Por aí, se tem uma idéia de quanto Ciro não fez um planejamento estratégico de sua naufragada candidatura.
Ministro da integração do Governo Lula, o Deputado Ciro Gomes teve grande visibilidade no Brasil, remanescente também de uma campanha eleitoral que o credenciou pra o alcance de números até certo ponto, “expressivos” na corrida presidencial deste ano.
Se não queria disputar o governo Paulista porque aceitou transferir seu domicílio eleitoral para São Paulo?
Com esta atitude ele assinou um atestado de incompetência e de falta de firmeza em suas posições, rifado por seu partido o ex-ministro agora não vai ter uma coisa nem outra, terá de se contentar com sua reeleição para deputado, agora já domiciliado em São Paulo, onde o jogo é bruto suas dificuldades serão maiores.
O nobre deputado perdeu mais uma vez a oportunidade de ficar calado e saiu atirando contra tudo e contra todos, PSDB, PT, PSB e principalmente o PMDB foram parar na sarjeta pela boca de Ciro.
O esporte predileto do ex-ministro tem sido falar mal da Dilma, do Serra, do Lula e de quem mais ele ver pela frente, outra afirmação dele em entrevista publicada no Diário da Manhã, que, como não conseguiu levar a diante a sua postulação, “não será candidato a nada e que pretende parar um pouco e ganhar algum dinheiro”.
Ciro Gomes com seu jeito irreverente de fazer política conquistou a simpatia de muitos brasileiros, mas irreverência é diferente de irresponsabilidade, depois de suas infelizes declarações, acredito que ele tenha de repensar sua conduta e ter mais cuidado ao responder os questionamentos da imprensa. Num país de dimensões continentais como o Brasil, é impossível fazer a política do “eu sozinho” e mais, numa democracia, o individualismo está a cada dia perdendo espaço para o pensamento coletivo, fazendo com que a aglutinação de forças seja o caminho natural na construção de qualquer vitória.


Luiz Bruno Roriz
www.twitter.com/luizbrunororiz

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